quarta-feira, 16 de março de 2011

A vitoria da massa conduz o Estado democratico à tirania.

Povo ou Massa? Estado Democrático ou Tirania?  
PAPA PIO XII
A opinião pública brasileira toma decisões sobre temas que desconhece. As recentes eleições presidenciais são exemplos. A agenda imposta não satisfazia aos interesses da opinião católica. Momentaneamente a opinião católica impôs a sua agenda, aliás, descolada de amplos setores da Hierarquia, que permaneceu calada. Temas como o aborto no debate foi imposto pela reação de base. A existência de um agente externo que molda a opinião publica sem que haja debates de valores indica o modelo desejado. Como e porque uma opinião publica constituída de católicos se torna refém deste modelo? O Papa Pio XII na sua rádio-mensagem de Natal de 1944 ao conceituar povo e massa parece que explicita esta indagação.
O povo vive e move-se por vida própria enquanto a massa é em si mesma inerte e não pode mover-se senão por ação de um elemento externo. No povo o cidadão sente em si mesmo a consciência da sua personalidade, dos seus deveres, dos seus direitos, da sua liberdade conjugada com o respeito à liberdade e dignidade do próximo. O cidadão enxerga as desigualdades, decorrentes não do arbítrio, mas da própria natureza das coisas, desigualdades de cultura, de haveres, de posição social. A massa pode ser agitada como o mar revolto e é fácil presa da demagogia revolucionária, joguete nas mãos de quem quer que lhe explore os instintos e as impressões, pronta a seguir, sucessivamente, hoje esta, amanhã aquela bandeira. A massa pode ser manejada e utilizada, e disto pode também servir-se o Estado. Assim, o próprio Estado pode, com o apoio da massa reduzida a não ser mais do que uma simples máquina, impor o seu arbítrio à parte melhor do verdadeiro povo.
Isto explica porque na propaganda política e eleitoral o Estado impôs o seu candidato (a). A indiferença diante de programas televisivos, das telenovelas e dos Reality Shows, reflete também o estado da opinião católica. A Hierarquia se cala, silenciando seu dever de ensinar. E a massa humana (de católicos) vai sendo conduzida por um agente externo para um fim que ela desconhece. Mas o gigante tem pés de barro. Quando a massa se mostra desorientada, a ponto de seguir os passos que a mídia lhe indica, como agente externo que a modifica, desvinculada de valores morais e religiosos, a ação da Igreja deve se fazer sentir para conduzir esta massa a um reto caminho. “Vós sois o sal da terra” ou, “Vós sois a luz do mundo”, diz o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo no Sermão da Montanha. O sal que não salga não serve para nada. E a luz que não brilha, porque se esconde debaixo do alqueire e não se expõe à opinião pública, também não ilumina.  

segunda-feira, 7 de março de 2011

Inauguração da Imagem de São Salvador


A devoção ao Santíssimo Salvador em nossa Campos dos Goytacazes teve início na primeira metade do século XVII. A primeira igreja foi feita por iniciativa de moradores e não pelo Donatário Visconde de Asseca, conforme demonstram documentos disponíveis e divulgados na internet.
A inauguração em dezembro último da bela imagem do Santíssimo Salvador no ponto central do trevo da BR-101, próximo ao Shopping Estrada, revela o compromisso do Poder Público Municipal com a mentalidade religiosa dominante em nossa região. Revela também o discernimento da elite política do vínculo de nossa alma católica com os fundadores de nossa vocação religiosa. A  inauguração se deu durante os festejos do ultimo Natal, passando despercebido para um ou outro segmento da sociedade, devido a correria do período natalino, quando fatos importantes passam despercebidos. 
Uma ameaça pesa contra belas iniciativas como esta. No texto original do PNDH-3, alterado pelo Decreto nº 7.177, de 12 de maio de 2010, constava o impedimento a “ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União”. Por pressão da opinião publica foi revogado este item. Mas o espírito da ideologia marxista de ódio à religião permanece no texto do PNDH-3. Uma revogação meramente periférica dentro do conjunto anticristão do Programa de Governo do PT. Quando o PNDH-3 diz que visa “instituir mecanismos que assegurem o livre exercício das diversas práticas religiosas”,  fica claro a intenção de ter a Igreja vigiada pelo Estado, pois hoje, sem estes “mecanismos”,  o livre exercício está assegurado por disposição da Constituição  Federal. Nossos direitos fundamentais ficam ameaçados com estes novos “mecanismos” de “liberdade religiosa” devido ao espírito anticristão no conjunto da obra politica anunciada pelo Governo.